ESTUÁRIO DERIO FORMOSO , TAMANDARÉ, PE-BRASIL
INTRODUÇÃO
No Brasil, os ecossistemas de manguezais são encontrados em praticamente todo
litoral brasileiro, desde do Oiapoque (04º30’N) até Laguna (28º30’S) em Santa Catarina,
limite de ocorrência desse ecossistema no litoral Atlântico da América do Sul (COELHO
JÚNIOR, 2000).
IOR, 2000).
O mangue pode ser definido de várias maneiras, mas de acordo com o ponto de vista
imediato, o mangue ou estuário pode ser caracterizado como sendo um ambiente costeiro
semi-fechado com uma ligação livre com o oceano aberto, no interior do qual a água do mar é
mensuravelmente diluída pela água doce oriunda da drenagem continental (CAMERON;
PRITCHARD, 1963 apud MIRANDA; CASTRO, 1996).
Miranda e Castro (1996) citaram que os estuários são ambientes de corpos d’água que
ocupam a região de transição entre os oceanos e os rios. Segundo os mesmos autores, esses
sistemas formaram-se numa época geológica muito recente, ao fim da transgressão Flandriana, há cerca de 3 a 4 mil anos, quando o mar nas regiões costeiras chegou ao nível
atual
.
Os estuários possuem uma importância que abrange aspectos ecológicos, econômicos
e sociais, destacando-se como uma área de produção, criação e reprodução de várias espécies
biológicas, como os moluscos, peixes e crustáceos, entre outros grupos; incluindo até mesmo
espécies de importância comercial (ASMUS, 1996). Segundo Asmus (1996), a importância
econômica dos estuários pode ser expressada pela concentração de variadas atividades
incluindo a pesca, a agricultura, o turismo, a navegação e as atividades portuárias.
Por ser um sistema aberto na relação mar e rio, a zona estuarina é tida como elo de
ligação para os animais que ali se deslocam, atendendo dessa forma suas necessidades como
alimentação, crescimento, reprodução e proteção. Mas por sua vez, a matéria orgânica e os
nutrientes que aí circulam, dão suporte a cadeias alimentares diversificadas e complexas
PESCADOR DO ESTUÁRIO DE RIOFORMOSO PE BRASIL
A fauna e flora das áreas estuarinas
Os recursos vivos produzidos nos diversos habitats estuarinos podem ser agrupados
entre peixes, mariscos (moluscos e crustáceos decapodos) podendo, a composição do pescado
sofrer variação a certas sazonalidades (ALCÂNTARA, 2000).